15.4.07

Passeando entre caracteres de teclado, conversas mudas, digitais. Já pelo quinto copo de coca cola que de nada acelera a evaporação do álcool, encantando-me com os personagens que fogem das poesias e às vezes esbarram comigo, com olhar de quem encontra um amigo. Fugitivos.
Furtivos momentos de sorrisos, onde o silêncio não incomoda porque os olhos acomodam tão bem, confortada porque a idéia encontra um lugar para repousar e quem sabe, crescer...
Topo com teu rosto de vez em quando nessas andanças. Dá uma dorzinha danada querer tocá-lo porque ele some e fica a sensação distante de barba na ponta dos meus dedos. Aquele nó que obstrói minha garganta quando eu me pergunto o que você está fazendo agora, porque estou tão longe do que quer que seja. Sem querer eu sinto raiva de todos os mils habitantes que estão perto, mesmo sabendo que seria menos ofensivo odiar a mim, que sou uma só e estou aqui, mas a coerência faz o nó aumentar e a dorzinha ficar mais forte, como o vento frio que chega essa noite, vindo de onde?
Eu não posso estar sensata quando topo com teu rosto e sinto a sensação de barba na ponta dos dedos porque a sensatez me faz diminuir o passo e eu quero correr.