A ti,
Não sei dizer sem mentir o que quero, porque a todo instante surpreende-me desejos novos, em um ciclo de querer-desquerer veloz, furioso e infindo. Apenas posso dizer-te, com segurança de que amanhã te abrirei os braços ainda nessa verdade, que te quero com uma sofreguidão de ter até quase a dor e uma dormência de desimportar-me até quase o esquecimento.
Sob essa condição, deixo a cargo de tua vontade decidir acompanhar-me, ainda e por mais, nesse eterno jogo de bem-me-quer, mal-me-quer.