3.9.08

Acordar I

Quero adormecer, falta-me sono
Agora que sou eu
As horas temperam-se diferentes
Não quero deixar
O tanto recontar em mim
Drenando prazeres escondidos
Reencontradas sensações
Liberdade transparente
De amarras soltas
Puro riso da não precisão
Por possíveis causas
Brotando filhos das mãos
Cruzados na muda louca de idéias
Desapegadas
Cruas
A mercê das possibilidades
Sem espera
Soltei-me dedo a dedo do topo das inverdades
Despencando a pele nua
Ao toque dos sentidos
Além da sem razão
Entregue a quentura do rosto sem máscaras
Revelado à fidelidade corajosa
Das sensações reais
Escancaradas sob a luz
Ultrapassando o esconderijo noturno
Emergi da escuridão
Sou dia