Desmascaradas, esvaem-se graças
Quero de volta as inverdades
Será devido ouvir teus contos de fadas cantados em minha cama?
Ou contar-te os meus na tua?
Será devido a fábula seguir?
Tomei teu sangue para ganhar de ti
Uma vida nova
De lua, esconderijo e pacto
Os mais fortes desejos
Jamais antes sentidos
Entregue
Sob teu manto sagaz
Hipnóticas palavras
Doces mentiras
Olhos cegos do vento
Em vôos noturnos
Invisíveis
Tantos
Tatos
Cantos
Teu poder amedronta-me
Não te prevejo
Temo
A desaber
Será devido?
(Baseado no conto do Conde Drácula)
*
Trazer-te por amor a morte, livrando-nos de nós?
*
Quando não entendo preciso dizer, tentar na verborragia juntar palavras cruzadas que elucidem. Que linha separa o preciso do capricho? A razão das importâncias dos tremores carnais? O quê desse tanto querer? Quero o quê desse tanto? Tanto o quê desse quero?
Estranho o olhar no espelho, pergunto aos olhos que perguntam-me. Drenaram sem que eu percebesse os ideais e agora vago. Vago peito sem vontades palpitantes. A dar descaso à paixões fáceis, como se nada fosse grande o suficiente para que eu fite. E o futuro assemelha-se a um pálido cansaço.
Estranho o olhar no espelho, pergunto aos olhos que perguntam-me. Drenaram sem que eu percebesse os ideais e agora vago. Vago peito sem vontades palpitantes. A dar descaso à paixões fáceis, como se nada fosse grande o suficiente para que eu fite. E o futuro assemelha-se a um pálido cansaço.
*