7.4.09

Enquanto ela falava sobre conceitos sociológicos, eu pensei: "Nasci aos 24". E nem foi pelas suas palavras, na verdade eu nem as escutei - apesar de ouvir. Foi por como me vi, não estar, mas ser. Mesmo já tendo vivido mil anos em alguns dias, isso é certo, nunca nesses todos eu senti, senti para fora. Em mim, muito sempre tanto quanto pude, mas presa, regrando e calculando cada gesto, supondo e temendo reações, contida.
Hoje uma naturalidade rompe-me a pele, mãos, dedos, sorrisos, palavras, cheiros, gostos... Não temo a mim. Não temo em mim. Tomo-os, eu, eles, nós. E sou. O medo pára. O medo pari. E nasço, aos 24.


*

Quandoétantoqueaspalavrasembaralhameeunãoseidescrever. Ficorindoabobadaenquantoumbandodeimagemdançanaminhacabeça
eeuperguntosesempreécomosenuncativessesidooununcaécomosesempretivesse.
oqueéisso?

Nasci aos 24, mas às vezes tenho 13.

Supertenho.