
O cansaço, alguma lembrança inconsciente, delírio dos medicamentos ou sabe se lá. Dessa vez foram aborígenes. Nativos selvagens e sanguinários. Estava eu com meus professores companheiros de estadia em algum lugar que parecia ser uma ilha no meio do nada quando surgem nativos com armas bem rústicas. No início era como se eu assistisse um filme, estando lá. Só que o filme era tão violento - com cabeças e braços decepados a sangue frio - que eu decidi desligar a TV. Mas no meio do caminho os aborígenes já tinham a destruído. E foram a minha procura. De repente, machos de aspecto meio asiático e vestimentas estampadas, transformaram-se em mulheres com características indígenas locais, algo Kaxinawá ou menos especificamente, Pano. Porém não menos querendo me escalpelar. Terror e fuga. Até a brilhante idéia de, encurralada, cantar uma música da igreja católica com um trecho "algumacoisaaleluiaaleluia". Não é que as índias pareciam conhecer e de algum jeito encararam aquilo como meio divino, jogaram as armas para mim, fazendo reverências. Dançaram, dançaram pedindo que eu continuasse a cantar até que dormiram. E eu fugi no barco. Acordei com medo, por incrível que pareça - e com a música na cabeça, agora não lembro mais.
Que coisa mais maluca e cristã. E com traços das missões evangelizadoras indígenas.
Muito estranho (Não, eu não tive aula de Antropologia sobre as missões ultimamente nem nada que me fizesse pensar nisso). Fiquei meio assim sei lá com os adereços e livros indígenas na minha estante.
Pesadelos estragam minha noite. Ainda continuei sonhando com festas e encontros com amigos que não vejo há tempos, mas desses eu não lembro muita coisa, acho que nem valeria.
Atualizando:
A doença nem é mal, mas bem que afugenta os que aparecem quando se bebe, se fuma, se ri e se todas as coisas desinteressadas de cuidado. Quando não companhia fuga barata, sobram-nos as baratas, assoalhos, silêncios, vácuos e os tec tecs de madeira esfriando. Raiva, solidão e depois alívio. Matar o que não presta não pesa na consciência. Então o pouco de peso que havia na dúvida de ser injustiça, some. Frustração, chateação, irritação, suspiro. A doença. Grave, simples. Seta. Precisão de cuidar. Livrai-nos. Fungos, bactérias, protozoários, vírus. Protegimento. Sarar.
*
Gosto de me achar aí, quando me perco. Enganar qualquer vazio com a presença dessa falta. Coisa amalucada que existe tão abstrata, frágil, dilacerada e ainda viva. Fingir que nada atinge enquanto a espera prende-me adormecida. Anos a fio. À nós, a vil. Há, desafio. Se mentira, enfim, quão longe de absoluta é a verdade... Tornei-te minha criatura quando suguei de tua imagem inspiração. Pacto traçado. Distração.
Be my apologie.
Que coisa mais maluca e cristã. E com traços das missões evangelizadoras indígenas.
Muito estranho (Não, eu não tive aula de Antropologia sobre as missões ultimamente nem nada que me fizesse pensar nisso). Fiquei meio assim sei lá com os adereços e livros indígenas na minha estante.
Pesadelos estragam minha noite. Ainda continuei sonhando com festas e encontros com amigos que não vejo há tempos, mas desses eu não lembro muita coisa, acho que nem valeria.
Atualizando:
A doença nem é mal, mas bem que afugenta os que aparecem quando se bebe, se fuma, se ri e se todas as coisas desinteressadas de cuidado. Quando não companhia fuga barata, sobram-nos as baratas, assoalhos, silêncios, vácuos e os tec tecs de madeira esfriando. Raiva, solidão e depois alívio. Matar o que não presta não pesa na consciência. Então o pouco de peso que havia na dúvida de ser injustiça, some. Frustração, chateação, irritação, suspiro. A doença. Grave, simples. Seta. Precisão de cuidar. Livrai-nos. Fungos, bactérias, protozoários, vírus. Protegimento. Sarar.
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Gosto de me achar aí, quando me perco. Enganar qualquer vazio com a presença dessa falta. Coisa amalucada que existe tão abstrata, frágil, dilacerada e ainda viva. Fingir que nada atinge enquanto a espera prende-me adormecida. Anos a fio. À nós, a vil. Há, desafio. Se mentira, enfim, quão longe de absoluta é a verdade... Tornei-te minha criatura quando suguei de tua imagem inspiração. Pacto traçado. Distração.
Be my apologie.