18.1.10

É preciso perdoar-me. Deus! Esse trouxe sua redenção nas vezes em que evitou minha morte, quando a procurei, propositada ou não. Eis sua misericórdia e seu castigo: a dor de precisar suportar a vida. Com chagas internas e feridas onde ninguém possa ver. Ah, que de tantas dores, nem sinto. A carne, a mente e o espírito adormeceram. O sangue e o pus transformaram-se em densa casca. Agora o meu doer é o alheio, aquele que provoco sem querer, por não sentir.