Eu, tão cheia de si, tão dificilmente exposta, vi alguém enxergar-me por dentro e surgir de mim, sugando do meu peito a minha capacidade de atenção escondida, extraindo o egoísmo dos meus olhos e fitando-os em outro eu que não eu. No dia em que me vi nos meus próprios braços. Saí pelo mundo reaprendendo a andar, por mim e por mim, que era outra. Os passos dela e meus, que era ela. As sensações mais profundas vindas dela e em mim. Em mim e nela. Eu nasci duas vezes. Meus erros, meus acertos e toda minha capacidade de amor.
Sobre o dia 06/07/2002, que repete-se todos os anos e que repita-se por quantos forem possíveis. O dia em que tornei-me mãe, em plenos 17 anos.