6.7.08

I Norte Noise ou pelo menos a parte que eu vi

Realizado pelo recém criado Núcleo Artístico de Heavy Metal do Coletivo Catraia. As bandas convidadas de Porto Velho (RO) desmarcaram suas apresentações de última hora e não participaram. Dos que viram desde o início ouvi que a banda Atomic Beer fez bonito com o 80's thrash que propõem, infelizmente não vi, assim com também não Wildchild, Mártires e Zebulom.
Cheguei quando Silver Cry tocava a penúltima música. O público conhece e vibra junto, como sempre o vocal do Carolino detonando com limpeza e técnica nos agudos.
Depois veio Suicide, com a novidade do vocal Fábio substituindo a Desireé Galeotti, ele já conhecido na cena metal extrema acreana com a extinta banda (foda) de death Zacrath. O som da Suicide às vezes soa meio "embuluado", vale limpar a execução, mas o vocalista continua brutal, mandou muito bem, com direito a cover do Kreator. Gostei da música autoral que eles tocaram, a segunda ou terceira no setlist.
O Quadrilhódromo do Tucumã tem uma estrutura ótima, local acessível, mas o chão de areia é insuportável, difícil de andar (imaginem então pogar), a roda levanta muita poeira, obriga a se afastar, caindo ou não o público fica imundo. Quadrilha lá deve ser uma maravilha. Responsáveis, joguem pelo menos pedrinhas (piçarra) para reduzir a poeira!
Pois é, depois da intro de som mecânico (meio esquisita, por sinal), a Fire Angel foi, das apresentações que eu vi, a mais empolgante. Público em peso lá na frente cantando junto, a banda vibrando (nem todos), fecharam com o superclássico, aliás o mesmo que no show anterior, Ghost of Navigator, Iron Maiden.
A última foi Survive, entre autorais e covers de As I Lay Dying, peso e técnica, caras curtindo no palco e na platéia, teve direito a comentários de : "Vou me render, os caras são bons mesmo", entre a galera "nariz torto" para as bandas cristãs.
Para a infelicidade da cena e de quem assistia, houve confusão/briga ou sei lá o que no meio da roda e a banda interrompeu a última música, Forever (Cover do As I Lay Dying), seguindo a finalização já fora do clima, com a maioria das pessoas no estacionamento para acompanhar a estupidez de quem vai para evento de música com outros intuitos além de apreciar música.
O saldo do I Norte Noise foi positivo, apesar da insatisfação com a ausência das bandas de Porto Velho, poeira e falta de bom senso em quem arruma confusão , atitude que vem geralmente de fora do movimento. Porém é sempre bom ver a velha guarda na ativa e bandas novas aparecendo, é importante esse espaço dentro de um segmento que está inserido na produção da maioria dos eventos ligados a música no estado, só tende ao desejo de ver agregar, apoiar, desenvolver, aprimorar, fortalecer e produzir.
Longa vida ao metal.


*Ouçam e baixem Zacrath aqui, valeu quem disponibilizou o material.