31.1.09

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Não sei dizer se é fuga ou descaso, essa dormência. Olho e é alheio quase a não me pertencer. Seria a figuração da mudança ou a descoberta de que eu me engano muito bem? Sendo assim, a mentira é o antes ou o depois?
Pela sensação de satisfação que sinto, como quando jogo a comida velha guardada na geladeira no lixo, sabendo que nem é certo, sabendo que o que vai ali é um desperdício, pouco importa, só preciso limpar para ter mais espaço. Acho que menti quando achei que podia consumir mais do que minha fome pedia. Jogo fora. E peço conseguir agora ponderar.


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Volto à verdade original [anterior a perdição].