O mundo e a nossa ineficiência em barrá-lo. Porque somos fracos, porque nossa racionalidade é limitada, porque sei lá. O lugar onde estão as peças hoje por vezes me confunde, por outras, me conforta, por já ter estado do outro lado. Por merecimento do prazer e do medo. Já estive do lado mesquinho que acusa defeitos nos outros para amenizar os próprios, que procura desgraça alheia para não pensar na sua, que faz dos outros um espelho e pensa que infeliz é ele, o reflexo. Eu não sinto pena. É quase um reconhecimento. Como quando alguém curado olha para o enfermo, vê-se o passado naquele sofrendo, sem mais sofrer. E o alívio por já não ser.